Ecad fez um levantamento sobre o legado musical deixado pelo cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano, que nasceu em 13 de dezembro de 1912, em Exu, no Sertão.
O cantor, compositor e sanfoneiro Luiz Gonzaga marcou a música brasileira, levando sua vivência do Sertão nordestino para o resto do país. Esta terça-feira (13) marca os 110 anos do Rei do Baião. Nascido em Exu, no Sertão de Pernambuco, em 1912, deixou um legado de canções conhecidas por muitos e regravadas mesmo após sua morte, em 1989.
O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) divulgou um levantamento sobre o legado musical deixado por Gonzagão, como forma de homenageá-lo. Ele deixou 487 composições e 1.258 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad.
Os três artistas que mais gravaram as músicas do Rei do Baião foram Dominguinhos, que era amigo e afilhado artístico dele, seguido por Gilberto Gil e Elba Ramalho.
A música mais tocada nos últimos dez anos é também a mais regravada: “Asa Branca”, composta com Humberto Teixeira, com quem Gonzagão escreveu outras diversas canções de sucesso.
Ao longo de meio século de carreira, Luiz Gonzaga deixou 44 discos de vinil e mais de 50 discos compactos, sem contar os discos gravados em 78 rotações e as coletâneas. Em suas obras, ele levou para o Brasil inteiro a identidade que criou para o Nordeste: sanfona, chapéu de couro e gibão.
Autor do livro “Luiz Gonzaga 110 anos do nascimento”, o pesquisador Paulo Wanderley apontou que o primeiro disco gravado pelo Rei do Baião foi “Vira e Mexe”, em 1941.
“Um disco antológico, estourou com o baião ali, no final dos anos 1940, e fez sucesso. Foi um divisor de águas na Música Popular Brasileira, trazendo ali o triângulo, a sanfona e a zabumba. Ele inventou esse trio e influenciou vários cantores”, disse o pesquisador.
Como determina a Lei de Direitos Autorais (9.610/98), a família de Gonzaga recebe rendimentos relacionados às músicas dele até 70 anos após a sua morte ou do último autor, em caso de parcerias.
Veja as canções de Gonzagão mais tocadas nos últimos dez anos
- “Asa Branca” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “O xote das meninas” – Zé Dantas e Gonzagão
- ‘Numa sala de reboco” – José Marcolino e Gonzagão
- “Pagode russo” – João Silva e Gonzagão
- “A vida do viajante” – Gonzagão e Herve Cordovil
- “Qui nem jiló” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Olha pro céu” – Gonzagão e Jose Fernandes de Carvalho
- “Sabiá” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Riacho do navio” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Baião” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Forró no escuro” – Gonzagão
- “Vem morena” – Zé Dantas e Gonzagão
- “São João na roça” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Assum preto” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Respeita Januário” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Fogo sem fuzil” – José Marcolino e Gonzagão
- “Cintura fina” – Zé Dantas e Gonzagão
- “ABC do Sertão” – Zé Dantas e Gonzagão
- “A morte do vaqueiro” – Gonzagão e Nelson Barbalho de Siqueira
- “Paraíba” – Humberto Teixeira e Gonzagão
Confira as músicas de Luiz Gonzaga mais regravadas:
- “Asa Branca” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Qui nem jiló” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “O xote das meninas” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Baião” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Olha pro céu” – Gonzagão e José Fernandes de Carvalho
- “A vida do viajante” – Gonzagão e Herve Cordovil
- “Assum preto” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Sabiá” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Riacho do navio” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Numa sala de reboco” – José Marcolino e Gonzagão
- “Pagode russo” – João Silva e Gonzagão
- “Pau de arara” – Guio De Moraes e Gonzagão
- “Vem morena” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Forró no escuro” – Gonzagão
- “Respeita Januário” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- Empate: “Paraíba” – Humberto Teixeira e Gonzagão e “Juazeiro” – Humberto Teixeira e Gonzagão
- “Cintura fina” – Zé Dantas e Gonzagão
- “Nem se despediu de mim” – João Silva e Gonzagão
- “A volta da asa branca” – Zé Dantas e Gonzagão
- “A morte do vaqueiro” – Gonzagão e Nelson Barbalho de Siqueira
G1 Caruaru