Encontro feminista em Caruaru reúne mulheres de todo o Agreste

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Genecy Mergulhao
Encontro feminista em Caruaru reúne mulheres de todo o Agreste

No último sábado (8), o Instituto SOS Corpo, em parceria com a Marcha Mundial das Mulheres e o Fórum de Mulheres de Pernambuco, realizou o Encontro de Mulheres Feministas do Agreste, na cidade de Caruaru. Aproximadamente 100 mulheres de toda a região participaram do evento compartilhando as demandas de suas cidades.

Entre os municípios presentes estavam João Alfredo, Orobó, Caruaru, Bom Jardim, Belo Jardim, Angelim, Limoeiro, Garanhuns, Passira, Cachoeirinha, Riacho das Almas, Gravatá e outros. O encontro começou pela manhã e foi até o final da tarde, com dinâmicas e espaço de fala para que as mulheres pudessem discutir como elas estavam organizadas em seus municípios, os desafios que encontram e quais são suas potencialidades. 

De acordo com a jornalista e integrante do Coletivo Feminista Desabrochar de Belo Jardim, Kaká Bezerra, o encontro foi uma excelente oportunidade para entender as semelhanças e peculiaridades das mulheres do Agreste. 

“Segundo dados da Secretaria de Defesa do Estado, em 2022 houve um aumento da violência contra a mulher. Só este ano, tivemos mais de 25 mil denúncias, sendo 12.995 só no interior. Em Belo Jardim, por exemplo, de janeiro a junho já tivemos 120 casos. E tudo isso é resultado de uma série de fatores que envolvem desde a ausência de mulheres no poder, como também da falta de políticas públicas pensadas e desenvolvidas para prevenir a violência doméstica e estimular a independência financeira das mulheres”, ressalta.

Entre as dificuldades levantadas pelas mulheres do Agreste estão: o coronelismo, o fundamentalismo religioso, a falta de acessibilidade das mulheres rurais, a falta de profissionais capacitados do atendimento das delegacias e hospitais, a violência e o feminicídio em alta na região, a exploração da mão de obra feminina e a falta de oportunidades para esse grupo e a violência social, policial e até mesmo jurídica com as mulheres trans.

Diante de tantas dificuldades, o encontro fez com que as mulheres pudessem pensar também nos caminhos possíveis para a resolução desses problemas. Além de rodas de conversa, formação e o uso de redes sociais para difundir informações sobre o movimento de luta das mulheres, também foram pautadas a instrumentalização dos órgãos públicos que lidam diretamente com o público feminino, a luta territorial e a criação de Centros de Referência da Mulher nos municípios que ainda não possuem.

O Encontro de Mulheres Feministas segue por todo o Estado de Pernambuco, atingindo as demais regiões pernambucanas, como o Sertão, a Zona da Mata e a Região Metropolitana. Buscando construir ferramentas que visem a união, unidade e coletividade das mulheres.

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