Escola prisional de Canhotinho é a única em PE a levar prêmio sobre temática antirracista

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Genecy Mergulhao
Escola prisional de Canhotinho é a única em PE a levar prêmio sobre temática antirracista

A proposta pedagógica foi desenvolvida pelo professor e coordenador pedagógico Victor Menezes e mais 12 docentes da Escola Monsenhor Adelmar da Mota Valença

Neste Dia do Professor, 15 de outubro, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP/PE) e a Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco (SEE) registram a premiação da proposta pedagógica vencedora do 9° Prêmio Nacional Educar com Equidade, desenvolvida pelo professor Victor Menezes, e mais 12 docentes, na Escola Monsenhor Adelmar da Mota Valença, localizada no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho. A instituição foi a única representante de Pernambuco entre as oito práticas vencedoras.

O projeto, intitulado Educando para as Relações Étnico-raciais na Escola – por uma Educação Antirracista, envolveu todos os estudantes dos três turnos nos níveis fundamental e médio da escola – que funciona sob o regime semiaberto. O objetivo foi atender às demandas curriculares legais nas escolas públicas e privadas acerca do ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena e contribuir para a sua valorização e conhecimento, reconhecendo-os como parte fundamental da identidade por meio do combate ao racismo em todas as suas dimensões. A premiação ocorreu em setembro durante o 3° Encontro: Diálogos Antirracista: Educação, Democracia e Equidade, realizado em São Paulo.


A premiação desse projeto representou para mim o reconhecimento do trabalho desenvolvido na escola cotidianamente. A temática étnico-racial foi vivenciada de forma abrangente e sistemática envolvendo todos os professores e estudantes. O letramento racial promovido pelas ações do projeto, bem como a sensibilização sobre o racismo, são os principais resultados para a vida dos estudantes, cuja condição de privado de liberdade implica num enfrentamento contínuo de discriminações e preconceitos”, ressaltou o professor Victor Menezes, coordenador pedagógico da escola.

A prática da educação dentro das unidades prisionais é um fator fundamental no processo de ressocialização das pessoas privadas de liberdade e um reconhecimento como esse mostra que a SEAP e a Secretaria de Educação estão preocupadas com as propostas pedagógicas e o envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem”, destacou o gerente de Educação e Esporte da SEAP, Jorge Henrique. Além de Pernambuco, venceram propostas do Ceará, Bahia, Roraima, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Entre os resultados pontuados no projeto pernambucano está o letramento racial dos estudantes. Destacou-se o protagonismo de alunos em várias atividades com o reconhecimento, ainda que de forma introdutória, de questões relativas ao racismo e suas formas de manifestação na sociedade. Como prêmio, as oito práticas vencedoras ganharam R$ 10 mil e um kit de livros sobre a temática antirracista. Atualmente, das 24 unidades prisionais existentes no Estado, 23 possuem escolas.

Fotos: Divulgação/SEAP

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