A Secretaria de Saúde de Caruaru, por meio da Vigilância Epidemiológica, realizou, na última quarta-feira (24), uma capacitação para médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS), que atuam nas Unidades Básicas de Saúde(UBS), voltada para detecção, tratamento e acompanhamento do paciente com tuberculose. A ação contou com a participação da médica pneumologista, referência no tratamento de tuberculose, Drª . Veruska Sarmento; da Sanitarista da IV Regional de Saúde e apoiadora do SANAR,
Ms. Alyne Fernanda; e do coordenador do Programa de Doenças Negligenciadas de Caruaru, Ms. Efraim Naftali. O segundo encontro para tratar sobre o tema, que será realizado na próxima quarta-feira (31).
A tuberculose é uma doença bacteriana infecciosa, que afeta principalmente os pulmões e é transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch. A contaminação pela doença pode acontecer, quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, por gotículas respiratórias no ar, ou pela saliva através dos beijos ou bebidas compartilhadas. A tuberculose pode ser assintomática. Mas, quando ocorrem sintomas, os mais comuns são: tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. Se não for tratada, a tuberculose pode causar a morte das pessoas infetadas.
As pessoas que apresentarem um ou mais sintomas da doença devem procurar um posto de saúde mais próximo da sua casa e solicitar atendimento. O tratamento é gratuito, deve ser iniciado imediatamente e dura entre seis meses e um ano. Entre as medidas de prevenção estão: o rastreio de grupos de risco e tratamento dos casos e vacinação com a vacina BCG, que é ofertada nas unidades básicas de saúde.
*Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose*
Em 2021, foi criado o documento: “Brasil Livre da Tuberculose: Plano nacional pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública”, que é baseado nas recomendações da Estratégia pelo Fim da Tuberculose da Organização Mundial de Saúde (OMS). Elaborado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose, com a participação de gestores estaduais e municipais, academia e sociedade civil, o mesmo foi submetido à consulta pública e aprovado pela Comissão Intergestores Tripartite. O plano tem como metas, a redução do coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até o ano de 2035, e busca apoiar as três esferas de governo na identificação de estratégias capazes de contribuir para essa redução.