A nova marca é uma referência a metaverso, o mundo dos espaços virtuais e avatares
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Facebook anunciou nesta quinta-feira (28), durante o evento Facebook Connect 2021, que vai mudar de nome. A partir de agora, o grupo que é dono da rede social azul, do Instagram e do WhatsApp, passa a se chamar Meta.
O app e o endereço facebook.com vão continuar existindo com o mesmo nome, o que muda é o nome do grupo que administra os três plataformas -e muito mais.
A nova marca é uma referência a metaverso, o mundo dos espaços virtuais e avatares. Segundo Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, a palavra Meta vem do grego “metá”, que pode ser traduzida como “além” ou “em seguida”.
É essa nova imagem que a companhia quer passar: não ser só um grupo de redes sociais e de aplicativos, mas uma empresa voltada para a interação de pessoas numa espécie de enorme videogame 3D.
“No momento, nossa marca está intimamente ligada a um produto só. Mas, com o tempo, esperamos ser vistos como uma empresa de metaverso”, declarou Zucerberg no evento.
“Somos uma empresa com foco em conectar pessoas. Hoje, somos vistos como uma empresa de mídia social. Construir aplicativos sociais sempre será importante para nós, e há muito mais para construir. Mas, cada vez mais, não é tudo o que fazemos. Em nosso DNA, construímos tecnologia para aproximar as pessoas. O metaverso é a próxima fronteira para conectar pessoas, assim como as redes sociais o eram quando começamos.”
A mudança é parecida com a que o Google passou em 2015. Na ocasião, a empresa criou uma nova corporação, a Alphabet, que passou a ser dona do Google e de suas outras divisões. A diferença é que o Facebook não está criando uma nova empresa, mas mudando o nome do “dono” de sempre.
A mudança de nome vem em meio a uma das mais dramáticas crises de relações públicas da empresa.
Na última semana, dezenas de veículos de notícias se debruçaram sobre uma série de relatórios e documentos internos vazados por ex-funcionários do Facebook.
Uma avalanche de denúncias acompanha os últimos passos da companhia, que está sendo duramente pressionada por aparentemente colocar o lucro acima da proliferação de discurso de ódio, notícias falsas e negatividade entre jovens, além de ter cedido a governos autoritários para não perder espaço em mercados lucrativos.