Oncologista Débora Porto – com atendimento no NOA – fala sobre sintomas, diagnóstico e prevenção das doenças
O mês de março traz no calendário o significativo reconhecimento da importância da mulher na sociedade e sua luta histórica por direitos igualitários: o Dia Internacional da Mulher (08/03). Por isso, a médica oncologista Débora Porto (com atendimento no NOA – Núcleo de Oncologia do Agreste, em Caruaru, Pernambuco) aproveita a temporada de homenagens e alertas para chamar atenção para os cuidados com a saúde da mulher, sobretudo quanto a três tipos de câncer que mais acometem o gênero: o de mama, de intestino e de colo de útero.
Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer), para o triênio de 2023 a 2025, são estimados 73 mil novos casos de câncer de mama, 45 mil novos casos de câncer de intestino e 17 mil novos casos de câncer de colo de útero. Por isso, a médica recomenda que exames de rotina sejam realizados, com o intuito de detectar precocemente as doenças e assim aumentar as chances de cura.
A oncologista Débora Porto alerta que, entre os sinais presentes no câncer de mama estão alterações no mamilo (bico do peito), nódulo (caroço) fixo e indolor (sem dor), pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos. “Caso esse conjunto de sinais seja percebido pela mulher, é importante que ela procure um médico para avaliar o risco da doença. Mas, independentemente disso, a mamografia é um exame que deve ser feito, anualmente, a partir dos 40 anos de idade”.
Acerca do câncer de intestino, Débora Porto alerta que as estatísticas vêm subindo, o que desperta a necessidade ainda maior de cuidado. O alerta para um possível câncer de intestino deve ser levantado com o surgimento de sintomas como sangramento e dor. “De toda forma, o rastreamento com exames deve ser feito a partir dos 50 anos de idade em pacientes sem sintomas ou antes, a depender da existência dos sinais citados ou do histórico familiar da pessoa”.
Já o câncer de colo do útero, não apresenta sintomas, no estágio inicial. Porém, se mais avançado, pode apresentar sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, assim como secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. A médica diz que o câncer de colo do útero pode ser prevenido, no entanto. “Mais de 95% dos casos da doença têm relação com a infecção por HPV, que pode ser evitada com a vacinação de meninas entre 9 e 13 anos de idade. Mulheres com atividade sexual, que tenham entre 25 e 65 anos, devem fazer o exame Papanicolau, periodicamente”.