No entanto, a legenda respalda a pré-candidatura do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (recém-filiado ao DEM).
Líder do DEM em Pernambuco, o ex-governador e ex-ministro Mendonça Filho disse ser “justo, legítimo e correto” que os demais nomes do bloco de oposição no Estado apresentem suas propostas na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas para as eleições 2022. No entanto, a legenda respalda a pré-candidatura do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (recém-filiado ao DEM).
Em entrevista ao Painel 100,7, da Grande Rio FM, Mendonça ressaltou a boa receptividade do povo pernambucano a Miguel, nas regiões por onde ele tem passado. De acordo com o democrata, os outros dois possíveis protagonistas nesse processo – a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL) – estão no direito de também percorrer o Estado colocando seus projetos, mas se diz confiante na “liderança jovem” de Miguel.
“Tentaremos unificar as candidaturas, mas se não for possível a oposição oferecerá duas oposições ao eleitor pernambucano”, declarou. Sobre a saída do DEM da deputada estadual Priscila Krause, após 27 anos, Mendonça admitiu que essa possibilidade já se desenhava. “Ela tem uma longa história no DEM, mas entendeu que o momento de tomar essa atitude e sair do partido”. Priscila é amiga pessoal de Raquel e deve subir no palanque da pré-candidata.
Mendonça reforçou que o União Brasil, fruto da fusão do seu partido com o PSL, “vai crescer bastante”, citando a chapa majoritária, que terá nomes fortes como o dele e os dos deputados federais Luciano Bivar e Fernando Filho. Perguntando sobre a ida do presidente Jair Bolsonaro para o PL, o democrata foi cauteloso. Segundo ele, esse fato deve impactar quem tem ligação com a legenda – exemplo de Anderson Ferreira, que é o presidente estadual do PL. O cuidado de Mendonça em tecer comentários mais aprofundados deve-se pelo fato, sobretudo, de que uma parte da oposição não quer, ao menos por enquanto, vincular diretamente as pré-candidaturas no Estado com Bolsonaro, cujo desempenho não é dos melhores em Pernambuco, nem no Nordeste.
Carlos Britto