Mário Flávio: Com o currículo de deputado estadual e federal, vice-governador, governador e ministro da Educação, Mendonça Filho é uma das apostas da União Brasil para ter mais um representante na Câmara Federal. Do pai, o saudoso deputado federal José Mendonça, ele herdou a capacidade de articulação e coerência política, praticamente militando do mesmo lado da política durante toda a vida.
Era do PFL e no momento mais difícil do partido, quando no auge da popularidade o ex-presidente Lula, profetizou que o partido deveria ser extinto, Mendonça e poucos resistiram. Foi um dos responsáveis pela mudança do nome da legenda de PFL para DEM. O partido carregava uma máxima de ter apoiado a ditadura militar e essa alcunha afastava muita gente.
A roda da política girou e o DEM se fortaleceu em todo o Brasil e está prestes a se tornar o principal partido no país, pelo menos na quantidade de deputados e senadores com mandato. Foi nesse cenário que o nome de Mendonça buscou protagonismo no partido e hoje é uma das principais vozes da oposição no estado de Pernambuco, devendo voltar à Câmara Federal.
Mendonça teve participação ativa quando foi vice-governador e governador, mas o legado maior dele será mesmo na educação. Foi com ele a frente do MEC, que várias ações foram implementadas. A Reforma do Ensino Médio foi a mais significativa mudança na educação nos últimos anos. O novo ensino médio passou a dialogar com o jovem permitindo aos estudantes escolherem a trajetória de vida – o ensino superior ou a formação técnico-profissionalizante -, a partir de suas vocações e sonhos.
A opção pela formação técnica permite dupla certificação: ensino médio e técnico. Em fevereiro de 2017, o Novo Ensino Médio virou Lei e já começou a ser implantado em algumas escolas. A sua implementação plena depende da implementação da Base Nacional Comum Curricular do ensino médio. A nova lei instituiu o fomento às escolas em tempo integral como política de Estado.
Mudanças foram ainda percebidas em outras áreas: modelo de sucesso iniciado em Pernambuco quando Mendonça Filho era vice-governador, o projeto de Escolas em Tempo Integral foi nacionalizado pela sua gestão no MEC. O modelo tem garantido educação de qualidade, com menores taxas de evasão, de reprovação e menor distorção idade-série.
Prevista desde a Constituição de 1988, a Base Nacional Comum Curricular da educação básica se tornou realidade. Mendonça ainda investiu no processo de alfabetização. A gestão Mendonça Filho lançou a política Nacional de Alfabetização com novos programas como o Mais Alfabetização e a reformulação de programas como Pacto Nacional para a Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e o Mais Educação.
Outra ação de Mendonça foi a valorização do professor. A política nacional de formação de professores lançada na gestão Mendonça garantiu R$ 2 bilhões para uma ação integrada. Foi criado o programa Residência Pedagógica, garantidos os mestrados profissionais específicos para professores da Educação Básica; o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) foi modernizado e ficou estabelecido a formatação da Base Nacional Docente, para nortear o currículo de formação de professores no país.
Ainda houve avanço nas áreas de educação conectada, ensino técnico, novo FIES, EAD, ENEM, Ciência sem Fronteira e merenda escolar. Com todo esse aparato de ações apenas no MEC e uma vida pública sem escândalos de corrupção, mesmo exercendo tantos cargos importantes e com orçamentos vultosos, Mendonça se credencia para voltar a exercer um mandato de deputado federal e representar bem Pernambuco no Congresso Nacional.