A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (25) a Operação Terabyte, com foco em identificar e prender criminosos que agem na internet, armazenando e compartilhando material de abuso sexual infantojuvenil. A operação conta com a colaboração das Polícias Civis dos estados e cumpre, simultaneamente, 136 mandados de busca e apreensão em todo o Brasil, sob a orientação da Coordenação de Repressão aos Crimes Cibernéticos Relacionados ao Abuso Sexual Infantojuvenil da Polícia Federal.
Em Pernambuco, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na Imbiribeira, Camaragibe e Igarassu. O objetivo das ações é apreender celulares, dispositivos eletrônicos, computadores e mídias de armazenamento, que serão submetidos à perícia técnica para identificar arquivos que evidenciem os crimes investigados. Durante as buscas em Camaragibe, um suspeito de 22 anos foi preso após a descoberta de imagens e vídeos com conteúdo pornográfico infantil.
Outro destaque da operação foi a prisão de um ex-bancário de 44 anos, natural de São José do Egito, Sertão de Pernambuco e residente em Afogados da Ingazeira, que estava foragido e com seu nome incluído na difusão vermelha da Interpol desde oito de agosto deste ano. Ele foi detido na Argentina, na cidade de Buenos Aires, no bairro de San Telmo, após ter abusado de sua sobrinha de 8 anos durante três anos consecutivos. A prisão ocorreu devido à colaboração entre o Núcleo de Cooperação Internacional da Polícia Federal em Pernambuco e a Interpol brasileira, que repassou informações aos policiais argentinos. Atualmente, estão sendo feitas tratativas para sua extradição ao Brasil, onde ele deverá cumprir pena.
O nome da operação, Terabyte, refere-se à unidade de armazenamento de dados cibernéticos, visando investigar indivíduos que possuam ou trafeguem grande quantidade de material de abuso sexual infantil. Entre dezembro de 2023 e agosto de 2024, o Setor de Capturas da Polícia Federal cumpriu 1.291 mandados de prisão de abusadores sexuais.
Os crimes investigados estão previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que tratam do oferecimento, transmissão, compartilhamento, posse e armazenamento de arquivos com cenas de sexo explícito ou pornográfica envolvendo crianças e adolescentes. As penas para esses crimes variam de três a seis anos de reclusão.
A Polícia Federal reforça a importância de os pais e responsáveis monitorarem e orientarem seus filhos sobre os riscos no mundo virtual e físico, enfatizando que a prevenção é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes. MAIS NOTÍCIAS…