O municípios da IV e V Gerências Regionais de Saúde estão vivendo mais um período de restrições determinadas pelo Governo Estadual. As medidas têm o objetivo de conter a Covid-19 em 53 cidades do Agreste e vão valer até o dia 31 de maio.
Em 2020 e durante 2021 diversas determinações, entre leves e exigentes, foram anunciados pelo Governador Paula Câmara. E este cenário de incertezas preocupa a todos, principalmente, os setores econômicos. O comércio, por exemplo, é um deles, que busca a recuperação, mas perde o fôlego a cada restrição que é exigida.
Segundo o Governo do Estado, as restrições são determinadas de acordo com o alto número de casos da Covid-19 nas cidades e também no índice de ocupação de UTIs nos hospitais.
No Agreste, a lotação das unidades de saúde é uma situação preocupante.
Confira a ocupação de alguns hospitais da região:
Bezerros
Hospital Municipal Jesus Pequenino: 35 leitos, sendo cinco deles particulares – 100% de ocupação;
Gravatá
Hospital Doutor Paulo da Veiga Pessoa: 10 leitos – 100% de ocupação;
Garanhuns
Hospital Perpétuo Socorro: 10 leitos – 100% de ocupação
Hospital Monte Sinai: 4 leitos – 75% de ocupação
Hospital Regional Dom Moura: 10 leitos – 100% de ocupação
Unidade de Tratamento Covid-19: 10 leitos – 100% de ocupação
Caruaru
Hospital Regional do Agreste: 100% de ocupação
Hospital Manoel Afonso: 100% de ocupação
Hospital Unimed: 100% de ocupação
Hospital Santa Efigênia: 100% de ocupação
Hospital Mestre Vitalino e de Campanha: 100% de ocupação
A IV Geres, que compõe 32 municípios, com sede em Caruaru, recebeu desde o início da vacinação 239.159 doses da CoronaVac, 222.148 da AstraZeneca e 13.974 da Pfizer. O apelo é para ir além destes números. A população e os políticos pedem por vacina, e para isso foi criado o “Movimento Mais Vacina”, que está sendo encabeçado pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.
“Medidas isoladas apenas em nossa região já nos mostraram que não são suficientes para avançarmos. O meio mais eficaz de combatermos o vírus é a vacina. Encaminhamos a solicitação ao Governo do Estado para priorização das vacinas nestas cidades da região Agreste. O que nós precisamos, realmente, é de vacina”, afirmou Raquel Lyra.
A população também acredita que a melhor solução para diminuir os casos da doença no Agreste é ampliação da vacina contra a Covid-19 para outros públicos. A aposentada Maria de Lourdes de 65 anos já se vacinou, mas ela teme pelo filho, que sai todos os dias para trabalhar, e ainda não foi imunizado.
“Eu já me vacinei, mas meu filho que trabalha fora, que anda de ônibus, tem contato com várias pessoas, ainda não vacinou. É preciso vacina para todos o mais rápido possível, só dessa forma os números vão baixar”, falou aposentada.
G1 Caruaru