Ações visam a abertura de novas oportunidades de negócios para produtores locais, movimentando também a economia dos municípios
Micro e pequenos empreendedores de Pernambuco estão descobrindo nas contratações de produtos e serviços para prefeituras uma nova oportunidade para crescer no mercado. Este tipo de concorrência, antes restrita a grandes empresas, começa a se tornar realidade também para pequenos produtores de várias áreas. A Unidade Sebrae Agreste Central e Setentrional, sediada em Caruaru, já realiza parcerias com várias prefeituras para capacitar esses empreendedores a participarem de licitações, chamadas públicas, editais e outros tipos de concorrências lançadas pelos governos municipais.
De acordo com Fabiana Santos, analista do Sebrae/PE, as capacitações estão acontecendo em diversos municípios da região. Entre eles, Taquaritinga do Norte, Sairé, Gravatá, Bezerros, Belo Jardim e Santa Cruz do Capibaribe. A maioria dos empreendedores é do ramo da agricultura.
“O Sebrae fechou várias parcerias com os municípios para a elaboração do plano de compras, tendo em vista o pequeno negócio e a agricultura familiar. E, simultaneamente, preparamos as empresas para elas venderem para o governo, tanto com a formalização quanto com palestras sobre como participar de licitações e vender para o governo. Eles ficaram sabendo, por exemplo, quais as documentações necessárias para participar de editais. Assim, conscientizamos tanto as prefeituras para comprar, quanto capacitamos os clientes para venderem seus produtos. As ações foram realizadas em parceria com a Sala do Empreendedor“, detalha a analista.
Segundo ela, o apoio do Sebrae/PE é importante porque muitas vezes a falta de qualificação técnica e regulamentação jurídica impedem os micro e pequenos empresários de ingressarem nesses mercados.
Uma das áreas em que eles já participam das licitações das prefeituras é o fornecimento de alimentos para a merenda escolar nos estabelecimentos de educação dos municípios. Nesses casos, os governos municipais priorizam os agricultores familiares locais nas chamadas públicas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), garantindo custos mais baixos, alimentos mais saudáveis e geração de emprego e renda nas cidades. A expectativa é que outros setores sigam o mesmo caminho. “A ideia que defendemos é a valorização das empresas locais e a movimentação do recurso e da economia do município“, conclui Fabiana Santos.
EMPREGABILIDADE NO SETOR
No decorrer deste ano, o setor de pequenos negócios em Pernambuco registrou um desempenho positivo na geração de empregos. De janeiro a outubro, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por uma parcela de 79% do total de empregos formais criados no estado, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Essa marca expressiva representa um destaque significativo, colocando Pernambuco à frente da média nacional. Enquanto o Novo Caged aponta que a média nacional foi de 71%, o estado superou essa estatística.
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Pedro Romero
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