A diferença entre os candidatos que vão para o segundo turno ficou em 6,1 milhões de votos
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou, nesta terça-feira, 4, a apuração de todos os votos no primeiro turno. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve 57,2 milhões de votos (48,43%), ante 51 milhões (43,20%) recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro. A diferença entre os candidatos que vão para o segundo turno ficou em 6,1 milhões de votos.
Na terceira e quarta colocações, respectivamente, Simone Tebet (MDB) terminou a disputa com 4,9 milhões de votos. Já Ciro Gomes (PDT) viu seu capital eleitoral reduzir ficando atrás da senadora com 3,5 milhões de votos. O número obtido por Ciro é dez milhões menor do que os conquistados na eleição de 2018.
Mais de 38 milhões de votos deixaram de ser computados. Esse número inclui os 32 milhões de eleitores que não compareceram para votar e ainda os 3,4 milhões de votos nulos e 1,9 milhão brancos. A soma dessa parcela do eleitorado é quatro vezes maior do que a soma dos votos destinados a Tebet e Ciro.
A demora de um dia para encerrar completamente a totalização foi causada por fatores como o encerramento da votação em países cujo fuso horário é atrasado em relação ao horário de Brasília e, por isso, os votos só começaram a chegar depois que a votação já havia sido encerrada no Brasil.
Outro fator que atrasou a apuração foi o encerramento da votação em algumas seções do País mais de uma hora depois do horário previsto por causa das longas filas que se formaram durante o dia. Como mostrou o Estadão, o tempo de espera em algumas regiões chegou a ultrapassar quatro horas, o que também impactou na totalização dos resultados pela Corte Eleitoral.
Com 100% das urnas apuradas, está mantida a disputa entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro no segundo turno. A diferença entre os dois primeiros colocados foi equivale a 5 pontos percentuais.
Na última segunda-feira, 3, três missões internacionais de observação internacional atestaram a segurança das urnas eletrônicas e a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. Entidades como a União Interamericana dos Órgãos Eleitorais (Uniore), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) divulgaram relatórios com apontamentos sobre a realização das eleições no País. Essas organizações voltarão ao Brasil para acompanhar o segundo turno da votação.