Termina hoje (19) a votação das emendas participativas do deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE) e o IFPE Belo Jardim pode ser beneficiado com uma emenda no valor de R$ 300 mil. O montante será destinado para montar e equipar um laboratório de análise de solo, projeto que pode contribuir com a produção dos pequenos agricultores do Agreste de Pernambuco. Para votar no projeto, clique aqui.
De acordo com o professor de fruticultura do Campus, Fernando Ferreira, os trabalhadores rurais da região têm muita dificuldade para acessar esse tipo de laboratório, tanto pela distância como também pelo custo do serviço.
“Por conta disso, o agricultor muitas vezes tem a prática de fazer a adubação de forma errada, porque pra gente fazer qualquer recomendação de adubação, a gente precisa saber o que é que precisa. E a gente só vai saber disso através de uma análise do que já existe no solo”, explica o professor.
Desta forma, o agricultor economiza dinheiro, pois vai saber exatamente que tipo de adubo a planta precisa e a quantidade necessária. Além disso, o estudo também colabora com uma maior eficácia da plantação. Ainda segundo o professor, a ideia é fazer aproximadamente 100 análises de solo por dia. “Com a ajuda de um técnico e dos próprios alunos participando do laboratório, porque eles aprendem também, a gente consegue atender aí em uma semana cerca de 600 a 700 agricultores”, completa.
Para a estudante de agropecuária do Campus Belo Jardim e agricultora familiar, Evandra Karla, o projeto só tem a favorecer o pequeno agricultor. “A gente começa todo o sistema de plantio de forma errônea, e isso vai ajudar a gente a começar todo o processo de forma correta, seja no milho, feijão, na fruticultura, na olericultura, na área toda”, finaliza.
Como o projeto vai funcionar?
Os R$ 300 mil vão financiar a montagem do laboratório dentro do Campus Belo Jardim que visa atender os agricultores de toda a região do Agreste de Pernambuco. Segundo o professor Fernando Ferreira, o primeiro passo seria dar um suporte técnico para o pequeno agricultor a fim de ensiná-lo como se faz a coleta do solo.
“A partir do momento em que o produtor sabe como coletar, fica o fluxo da seguinte forma: ele traz o solo pra cá e a gente no laboratório faz todo o processamento. Prepara esse solo para fazer a análise e quando o resultado ficar pronto, a gente imprime, e o agricultor vem buscar o resultado”, conclui.
Foto: Kaká Bezerra