O Grupo Moura, que fabrica as baterias Moura, sofreu um ataque hacker do grupo DarkSide, o mesmo que sequestrou e paralisou o maior oleoduto americano na semana passada. O grupo de cibercriminosos fornece um serviço de ransomware, um software malicioso que sequestra os computadores e só os libera sob a condição do pagamento de um resgate. Qualquer hacker pode usar a plataforma e o preço do resgate depois é dividido entre todos. O ataque foi confirmado ao Radar Econômico por um funcionário do Grupo Moura, mas que informou que a produção da empresa não foi afetada. O ataque aconteceu há 3 dias.
Nos Estados Unidos, a empresa Colonial Pipeline, dona do oleoduto que foi paralisado, decidiu pagar o resgate de cerca de 5 milhões de dólares. Os ataques do DarkSide estão sendo divulgados pelo próprio grupo na darkweb. Outro ataque divulgado pelo grupo na manhã desta sexta-feira, 14, foi o da empresa francesa de tecnologia Toshiba. Os ataques usando ransomware estão ficando cada vez mais frequentes e diversas companhias estão sendo atacadas. Eletrobras, Copel, Ultrapar são algumas das empresas que foram atacadas neste ano. Mas nenhum ataque foi tão impactante quanto o da Colonial Pipeline que chegou a afetar a oferta de gasolina nos EUA.
*Segue posicionamento da empresa:
O Grupo Moura confirma que foi vítima de uma ofensiva aos seus servidores internos, o que resultou na divulgação de dados supostamente atribuídos à empresa. Estamos tomando as medidas necessárias para fortalecer todos os protocolos de segurança da informação. Os dados divulgados estão sendo analisados para seguirmos com as medidas cabíveis.