João Fera, dos Paralamas, dedica clipe a músico de Caruaru: ‘Fiquei maravilhado’

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Genecy Mergulhao

O trompetista Rogério Budião, de 42 anos, viu um sonho da juventude se transformar em realidade. Fã da banda carioca Os Paralamas do Sucesso desde os anos 80, o caruaruense foi homenageado pelo tecladista João Fera e chamado para participar de uma gravação à distância da música Lanterna dos Afogados. (Confira o clipe abaixo)

“O João Fera me mandou uma mensagem no Instagram me pedindo o número do meu telefone. No mesmo dia ele entrou em contato e disse que tinha um projeto com a música Lanterna dos Afogados e queria fazer uma homenagem à minha pessoa. Quando pensou na música, lembrou de mim, em Caruaru. Eu fiquei maravilhado com tudo”, detalhou Budião.

A relação pessoal do trompetista com João Fera teve início no final dos anos 90, quando o tecladista foi convidado pela banda Nove Luas – cover dos Paralamas – para participar de um show em Caruaru. Depois disso, João entrou em turnê com o grupo caruaruense, se apresentando em cidades como João Pessoa e Natal.

João Fera, tecladista dos Paralamas do Sucesso — Foto: Robson Gonçalves

“Daí surgiu a amizade, a gente sempre se falou e quando teve o show dos Paralamas em uma casa de shows aqui em Caruaru, ele me convidou para assistir com eles e conhecer todos os Paralamas. A amizade vem desde esse tempo”, relembrou o trompetista.

Em entrevista ao G1, João Fera explicou o porquê do convite ao caruaruense para participar da gravação: “Agora, nesse isolamento social, lembrei do Budião, um grande músico que conheci em Caruaru, e eu ainda não tinha chamado ninguém do Nordeste. Eu já tinha visto ele fazer solo de Lanterna dos Afogados e achei que ele seria o cara, ele faz perfeito”.

Mas o convite a Budião foi muito além de uma simples participação. De acordo com Fera, foi também uma forma de homenagear todos os fãs dos Paralamas do Sucesso. “Já tenho que agradecer de cara, principalmente aos fãs. Por isso não nego nem nunca vou negar uma foto, um papo, isso é reconhecimento puro. Se eu tenho essa visualização é por conta dessa galera, da mesma forma que homenageio o Budião, homenageio os fãs que me acolheram ao longo desses 35 anos de Paralamas”, justificou o tecladista.

Budião ao lado de Herbert Vianna — Foto: Arquivo Pessoal

“Convidei os outros músicos e disse que Lanterna não era pra ser gravada em função do João Fera, mas de um amigo excelente músico em Caruaru. Falei sobre a homenagem com todos e não tinha conversado com ele [Budião] ainda”, brincou João Fera.

“Para fim foi uma honra fazer parte desse time de músicos conhecidos no mundo todo. Assim, por eu acompanhar a banda desde os anos 80, viajar para ver a banda em vários lugares, foi um prazer imenso. Como eu disse ao Fera, o sentimento é de gratidão por tudo”, Rogério Budião.

Carreira de Rogério Budião

O trompetista caruaruense começou na música em 1989. Ao G1, ele revelou que tocou com vários artistas da cidade e integrou a banda de Jorge de Altinho. “Fiz faculdade de música, pós-graduação em música…”, completou Budião.

O músico ainda fez parte da Nove Luas, uma banda cover dos Paralamas – todos os integrantes eram de Caruaru. Antes, em 1992, Budião foi do grupo Golpe Militar, que também só tocava Os Paralamas do Sucesso.

“Hoje eu sou músico freelancer, toco carnaval, São João, eventos com várias bandas da região. Sou professor de música também”, disse o trompetista, que atualmente é regente da Centenária Sociedade Musical Nova Euterpe de Caruaru.

Budião é regente da Centenária Sociedade Musical Nova Euterpe de Caruaru — Foto: Arquivo pessoal

A gravação

A música “Lanterna dos Afogados” está no lado B do disco Big Bang, dos Paralamas do Sucesso, lançado em 1989. Os teclados originais também foram gravados por João Fera. Para a regravação, Fera chamou músicos já consagrados e um “desconhecido”.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

“Para mim não tem essa de segregação por ser do Nordeste. A gente, dos Paralamas, respeita muitíssimo os músicos do Nordeste. É um artista que conheci, em uma cidade, em um estado, e achei que seria o cara. É bom que se estreita relacionamentos e dá visibilidade a ele, também estreita relacionamento musical com os outros, já agrega. Isso é muito bom”, destacou João Fera.

João Fera tocando com Herbert Vianna durante show — Foto: Robson Gonçalves

Além de João Fera, que estava no Rio de Janeiro, e Budião, em Pernambuco, também participaram da gravação o vocalista e produtor musical Ricardo Cassal, que gravou de São Paulo, o baterista Rafael Bisogno (Humberto Gessinger), no Rio Grande do Sul, o baixista Marcelo Magal (Biquini Cavadão), em Santa Catarina, e o guitarrista Pedro Cassini (Jota Quest), em Minas Gerais.

“A mistura tem rendido maravilhosamente bem. Eles mandaram tudo para mim e eu mandei pro Budião. Aí ele cravou, ficou excelente. Estou recebendo elogios de todos os lados”, João Fera.

Com o canal do YouTube recém-criado, João Fera também disse que o projeto de regravações vai continuar com outros amigos artistas. “Eu tinha feito outros vídeos antes do Lanterna. Eu adoro isso, adoro os flashbacks. Eu vim do baile e isso me dá a energia da música em si”, finalizou o músico.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

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