Em parceria com o Serta-PE, o intuito do projeto é estimular os agricultores a conhecerem novas possibilidades de cultivo e cuidado com a terra
Na manhã desta terça-feira (13), na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), localizada no Bloco C da prefeitura de Caruaru, foi apresentado os perfis dos agricultores participantes do curso de Agroecologia, realizado pelo Qualifica Caruaru, em parceria com o Serta-PE. O intuito do projeto é ensinar e estimular os agricultores a conhecerem novas possibilidades de cultivo e cuidado com a terra, pensando no desenvolvimento sustentável e menos poluente.
Ao todo, são 42 estudantes e dentre os dados analisados, de linha de base, destacam-se: idade, área de terra (ha), tipo de SAF (Irrigado ou Sequeiro), característica racial, renda por família, grau de escolaridade, média da mão de obra por terra, uso de agrotóxico e comercialização de produtos on-line.
Conforme apresentado pelos 42 estudantes, 45,4% se declaravam brancos e 46,7% pardos, sendo declarados negros ou amerelos menos de 1%; sobre o grau de escolaridade 47,6% possuia apenas o ensino fundamental, 38,1% ensino médio, sendo 15% entre aqueles que possuem curso técnico ou superior. Já a renda familiar, 40,5% informaram que recebia até R$ 1.200, 14,3% até R$ 2.000 e 7,1% com renda de até 2.500.
Foram analisados também os tipos implementados de Sistemas Agroflorestais. Em áreas mais secas, o tipo sequeiro, possuem 26,2% dos estudantes e 73,8% pertence ao sistema irrigado. Quanto a média total de hectares de terra, são: 4,08 ha por agricultor. Já a média de mão de obras por propriedade é de 2,64. Em relação ao uso de agrotóxicos 61,9% afirmaram que não usavam e 35,7% informou que ainda fazia uso.
Por fim, 71% afirmaram que fazia a comercialização de produtos via internet através de smartphone, computador ou notebook e 19% apenas através do celular.
O curso ajuda os agricultores a adquirirem novos conhecimentos e habilidades para melhor produzir, vender e aumentar sua renda, além de recuperação de áreas degradadas; diminuição de pragas e doenças, e da geração de alimentos mais saudáveis sem uso de produtos químicos.
Para o gerente geral da SDR, Francisco Dantas, é muito importante a união entre o conhecimento empírico dos agricultores com o conhecimento científico. “A ideia é poder comparar a evolução do roçado de cada estudante presente, o quanto melhorou e quão benéfico, como prefeitura, é poder contruibuir para esse desevolvimento. É bom para eles socioeconomicamente e bom para a população, como um todo, que consome alimentos mais saudáveis”, pontuou.
Para o agricultor, José de Arimatéria, a valorização da educação do campo se faz necessária para preservação não só da cultura, mas também poder propagar os conhecimentos empíricos e ainda mostrar a importância do homem do campo para a sociedade como um todo. “O saber é para sempre. Ainda mais o conhecimento do homem do campo, que é vivido no dia-a-dia. Por conta da desvalorização, muitos agricultores viveram um êxodo rural e é importante que as pessoas saibam sobre a tarefa essencial que é do homem do campo, que a agricultura é primordial para nossa alimentação e que há toda uma ciência por trás disso”, finalizou.