Vale tudo pelo poder? Vereador eleito com apoio de Joelda Pereira une-se à oposição para ser presidente da Câmara

Vale tudo pelo poder? Vereador eleito com apoio de Joelda Pereira une-se à oposição para ser presidente da Câmara

Por Maicon Platiny

A eleição para a presidência da Câmara de Vereadores de Tacaimbó, no Agreste de Pernambuco, realizada no dia 1º de janeiro, não foi marcada apenas pela posse da prefeita eleita Joelda Pereira (PSDB). O evento trouxe à tona uma polêmica que tem gerado indignação entre os eleitores tucanos da cidade: o vereador Eduardo França (PSDB), eleito com o apoio do grupo de Joelda, uniu-se à oposição liderada pelo ex-prefeito Álvaro Marques (PT) para garantir a presidência da Câmara.

A decisão de Eduardo, anunciada em suas redes sociais ainda no ano passado, antes mesmo de tomar posse, caiu como uma bomba no cenário político local. A traição gerou uma avalanche de críticas, não só por parte da população, mas também de cabos eleitorais e aliados políticos que foram essenciais para sua vitória e que agora se sentem traídos. Muitos, fiéis ao grupo da prefeita Joelda, já declararam publicamente que não concordam com sua postura e, em retaliação, retiraram seu apoio ao vereador.

De crítico ferrenho a aliado improvável

Desde as eleições municipais de 2020, Eduardo França construiu sua imagem política criticando duramente a gestão do ex-prefeito Álvaro Marques. Na ocasião, ele apoiou o candidato Edmar Valença contra o petista, consolidando-se como uma figura de oposição a Álvaro. No entanto, a recente aliança com o antigo adversário sugere que sua retórica era apenas um teatro estratégico para ganhar espaço no grupo político de Joelda Pereira.

A atitude de Eduardo evidencia um padrão que tem sido duramente criticado: o abandono de compromissos assumidos com os eleitores e o grupo político que o elegeu. Para muitos, ele está seguindo a cartilha de políticos oportunistas que priorizam interesses pessoais e alianças convenientes, em detrimento da confiança e da fidelidade aos princípios que defenderam em campanha.

Um futuro incerto

Eduardo França corre o risco de ser lembrado como um vereador de apenas um mandato, sem lado político definido e movido por interesses de poder. Sua decisão de trair o grupo que o elegeu não apenas enfraquece sua credibilidade, mas também deixa uma marca negativa em sua trajetória política, afastando aliados e decepcionando eleitores.

Genecy Mergulhao

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *